|
ESTEBAN,
QUE CORTA O MEU CABELO HÁ ... séculos!
Esta simpatia de pessoa na foto é o
Esteban.
Ele nasceu em Buenos Aires. A família dele trabalha com couros e com
peles, mas a mãe tinha um salão de beleza. Ainda criança, Esteban
descobriu, no salão de sua mãe, a sua vocação. Jovem, trabalhou como
cabeleireiro, mas este não era o sonho de sua mãe, ela queria que
Esteban estudasse, virasse doutor. E lá foi o nosso herói fazer
arquitetura. Mas, realmente, não era a praia dele. Então ele foi para o
teatro e brilhou, por algum tempo, nos palcos de Buenos Aires.
Em 1980, desiludido com a política de seu
país, resolveu passar uma época no Brasil. Hoje, ele se diz argentino
mas com muito, muito de brasileiro. Só voltou à Buenos Aires, várias
vezes, a passeio.
Foi no Brasil, em S.Paulo, que Esteban redescobriu a sua vocação para
fazer as mais belas cabeças femininas.
Engraçado como eu o descobri. Foi em 1995.
O meu cabeleireiro de então estava me enrolando. O corte chanel (que uso
até hoje) já não estava no auge da moda e o meu cabeleireiro se recusava
a fazê-lo do jeito que eu gosto: com a nuca batida e mais alto no topo
da cabeça. Muito brava, comecei a telefonar para todos os salões chiques
da cidade e perguntava às recepcionistas se, naquele salão, existia
algum profissional que fizesse o corte que a cliente quisesse e não o
que ele quisesse. As respostas eram sempre evasivas porque a maioria dos
profissionais quer sim mandar no nosso cabelo. Mas, quando eu liguei
para o Jacques&Janine da Rua Cubatão (que hoje está no Shopping
Paulista), a moça foi decidida: - Tem sim, senhora - ela respondeu - é o
Esteban.
Marquei
hora com ele e fui lá. E nunca mais quis saber de outro cabeleireiro.
Até hoje, todos os meses, quem mantém meu cabelinho chanel que eu adoro
é o Esteban, que, agora, está de volta ao salão onde começou: O
Jacques&Janine numero Um, que fica ali na Augusta,
quase esquina com a Oscar Freire.
Beijos e beijos pro Esteban. Meu amigo. Se
você também quer um profissional de primeira, que respeita o que você
pensa que deva ser o seu cabelo, ligue pra ele. (011)3082.6133. Aposto
que você não vai se arrepender!
|
Iolanda, a manicure
(e a bacia da Ana
Maria Braga)
Iolanda nasceu em Guaramuns (é, na terra dele) e sua avó
paterna tinha o sobrenome Ignácio da Silva.
Cresceu, lá, na lavoura de sua família.
Casou-se e começou
a se matar de tanto trabalhar. Cuidava dos negócios do marido e também da casa,
onde viviam 12 pessoas, algumas que trabalhavam para o casal e outras que eram
da família.
O marido a maltratava, exigia que ela trabalhasse demais, não tinha
carinho e ela foi se cansando. Um dia,- num gesto feminista de libertação-
catou os dois filhos pequenos e a empregada fiel e, com eles, se mandou para São
Paulo.
Aqui, ela tinha um compadre, do qual ajudara a criar os filhos. Ele
arrumou para ela um emprego de servente na TV Record. Isso foi em 1993.
Mas o
negócio da Iolanda, desde criança, era fazer unhas. Pequenininha, lá na terra do
Lula, ela já fazia as próprias unhas com a tesourinha da irmã. Logo, logo, os
artistas e os diretores da Record começaram a descobrir o talento da moça, que
fazia as unhas deles depois do expediente. E, assim, de servente ela passou a
ser a manicure da TV Record.
O Raul Gil, quando se mudou para a Bandeirantes,
exigiu que Iolanda passasse a ir ao Morumbi para continuar fazendo as unhasSaiba mais
dele. Ela fez as unhas de Adriane Galisteu, de Eliana, de muitos atores de
novela. Todo mundo adora. As minhas unhas ela já faz há muitos anos e, um dia,
trouxe, para fazer os meus pés, uma bacia que a Ana Maria Braga esqueceu na
Record quando se mudou para a Globo. (Ana, se você quiser a bacia de volta é só
pedir, viu?). E eu faço os meus pés na bacia da Ana. Que honra, hein?
Iolanda,
que, na sua terra, andava armada para se proteger dos assaltantes quando ia
fazer as cobranças, em dinheiro, dos negócios do marido, trouxe para a São Paulo
o hábito de beber. Depois do expediente, ela andava pela noite paulistana
cheia de conhaque.
Mas, um dia, resolveu ir à Igreja. Depois disso se livrou das
duas coisas: da arma e da bebida. Aliás, de três coisas: também da angústia.
Eu costumo dizer que a Iolanda tem o poder de me alegrar.
Ela chega aqui em casa, às segundas à tarde, sempre alegre, sempre rindo, sempre
com uma palavra de otimismo nos lábios. Bendita, Iolanda! Além das mais belas
unhas, também tem o poder de fazer sorrisos!
O telefone da Iolanda é 97199.1708.
Se você der sorte, talvez ela ache um tempinho na agenda pra fazer as suas
unhas.
|