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O QUE SÃO ANABOLIZANTES?
Derivados do hormônio masculino, a testosterona, entre
outros, a nandrolona injetável, di-hidrotestosterona etc. Estas
substâncias foram descobertas no pós-segunda guerra mundial e usadas
para recuperar convalescentes de pós-operatórios de grandes cirurgias,
servindo para uma recuperação mais rápida e, principalmente, para ganho
de força muscular e melhora do estado geral. Aí é que entrou o lado
“tirar vantagem” do ser humano. Atletas descobriram esta qualidade e
passaram a usar os anabolizantes para aumentar o volume e a força
muscular nos esportes de força e explosão. Nas academias, dezenas de
frequentadores usam inclusive os de formulação veterinária que contêm
maior quantidade de miligramas por unidade !!!
Danos causados à saúde:
- grande elevação dos níveis de gorduras, principalmente
da fração LDL-col (colesterol perigoso), e de uma outra gordura também
de alto risco, os triglicérides, diminuição severa do HDL-col (bom
colesterol),
- risco de câncer de fígado e testículos.
- Os testículos se atrofiam em poucas semanas, param de
produzir hormônios e espermatozoides, e então temos mais um impotente
sexual.
- Mesmo o uso por pouco tempo provoca:
- impotência sexual,
- aparecimento da obesidade gonadal,
- mudança definitiva das características
masculinas ou femininas da voz,
- aparecimento de barba e pelos anormais nas mulheres,
entre outras reações indesejáveis.
Na literatura mundial de cardiologia estão descritas
até mortes por infarto do miocárdio em jovens, provocadas pelo uso de
anabolizantes. Na Seção Médica de Cardiologia
do Exercício e do Esporte, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia,
tivemos alguns atletas de levantamento de 2SO com menos de 30 anos de
idade, usuários por muitos meses de anabolizantes, com o diagnóstico de
infarto do miocárdio, hipertensão arterial, obesidade e grande elevação
do nível das gorduras no ‘sangue.
Só um médico pode prescrever o anabolizante para o
necessitado dele. O mui amigo da academia ou certos instrutores
analfabetos em Medicina sempre dizem que usaram e se deram bem!
Mentira... Só se for no bolso.
Alerta geral, preste atenção no corpo sarado de um amigo
ou familiar seu.
Vamos ficar de olho nos bombeados, afinal médicos,
professores de educação física, treinadores e responsáveis por academias
têm esta obrigação como cidadãos e profissionais da saúde de caráter.
Observação: Não me esqueci do hormônio de crescimento
não. É uma bomba de efeito retardado naquele que não tem indicação
médica de seu uso e o faz apenas para rejuvenescer. Nenhum cientista ou
especialista o recomenda para atletas ou pessoas sem doenças
específicas.
OUTRAS DROGAS
Diferente do dependente de cigarro, o viciado em cocaína,
maconha, ecstasy e outras drogas sofre, quase que instantaneamente, dos
seus efeitos graves. A
cocaína tem como efeitos diretos a perda do controle dos movimentos do
corpo, prejuízo no raciocínio e reações tóxicas muitas vezes letais para
o coração, como as arritmias cardíacas (batimentos cardíacos anormais).
Enquanto o ópio e a heroína atingem o sistema respiratório, causando
depressão respiratória fatal.
Visto um aumento expressivo de atendimentos, em
pronto-socorro, de jovens intoxicados por drogas de toda ordem, com
danos cardíacos importantes, levando ao risco de morte. Didaticamente,
apontaremos algumas das mais terríveis:
Cocaína: ao se aspirá-la, o
coração inicialmente diminui seus batimentos, e logo em seguida sofre
uma grande aceleração, com aumento da pressão arterial. Daí, seguem-se
complicações cardíacas como arritmias perigosas e lesões do coração e
dos vasos sanguíneos, principalmente do coração e cérebro, do tipo
infarto ou trombose.
No coração temos outras
complicações graves causadas por ação direta: -miocardite (inflamação do
miocárdio, nome do músculo cardíaco), endocardite (inflamação do
endocárdio, a pele interna do coração), edema agudo do pulmão (líquido
nos pulmões) por perda de força de contração do miocárdio, tromboses nos
vasos sanguíneos por formação de coágulos, coração dilatado. Vale
ressaltar que isso tudo pode ocorrer mesmo em usuários iniciantes.
Pessoas que já tenham doenças das artérias coronárias ou das artérias do
cérebro têm altíssimo risco de vida, devido à possibilidade de infarto
ou derrame. A cocaína usada por grávidas causa problemas importantes
tanto na mãe como no feto. As lesões que
acontecem no coração são irreversíveis. Portanto, não se recuperam com o
abandono das drogas!
Substâncias voláteis: cola,
tolueno, benzeno e hidrocarbonetos halogêneos, sem nos esquecermos de
mais duas substâncias conhecidas de todos: o éter e o clorofórmio,
antigos fármacos anestésicos, que estão presentes no lança—perfume, e
cujos efeitos tóxicos no coração ocorrem quando inalados em doses acima
da usada controladamente em anestesia. Todas estas substâncias citadas
causam perigosas arritmias que podem levar à morte súbita, devido aos
efeitos diretos dos inalantes no músculo cardíaco, mesmo naquele sem
doença alguma. A sensação de euforia é rápida e uma forte falta de ar
vem em seguida.
Alucinógenos da moda: os
mais consumidos são o ácido lisérgico (lamoso LSD) e o Ecstasy. Provocam
uma desidratação aguda e seus usuários bebem litros de água durante seu
consumo. Arritmias cardíacas e crise de hipertensão arterial são suas
complicações certas.
Bebidas alcoólicas cuja base é o etanol:
whisky, vodca, pinga, cerveja e outras. A intoxicação aguda pode
provocar desde arritmias cardíacas, como extra-sístoles e fibrilação
atrial, até quedas da pressão nas pessoas sensíveis. O bebedor crônico
poderá desenvolver uma grave complicação no coração: a mio cardiopatia
alcoólica e a insuficiência cardíaca.
Anfetamina: é um estimulante
do cérebro de uso controlado, com muitas restrições, mas ainda usado na
composição de alguns medicamentos para tirar o apetite. Causa arritmias
percebidas, como palpitações ou taquicardias (acelerações do coração) e
estreitamento das coronárias até derrame cerebral.
Crack:
pelo seu alto poder de absorção, traz elevado risco de derrame cerebral
e de complicações cardíacas em qualquer idade. O uso injetável traz
junto o risco de infecção do coração por bactérias (endocardite
infecciosa) e do organismo todo pelo HIV, o vírus da AIDS.
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