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(Helena Vasconcellos, Festas e Belezas Goaianas)
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Teve Festa e Eu não Fui por Maria José Silveira |
Para Lucia Minha irmã fez 80 anos. A ameaça da Ômicron em aeroportos e aviões não me deixou ir para lhe dar meu abraço de irmã feliz em comemorar sua vida. Senti muito. A data é tão significativa, e adoro reuniões de família.
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São celebrações de uma vida, com os altos e baixos que toda vida tem, e um grande momento de alegria por ser exatamente isso, celebrações, e poder ser também, e ao mesmo tempo, uma porta se abrindo para uma boa caminhada até os cem, cento e poucos anos, idade que hoje se tornou uma conquista possível de nossa irrefreável humanidade.
Desde que se mantenha a lucidez,
sine qua tudo isso seria vão. É curioso mas creio que só agora, tempo em que também envelheço, é que entendo completamente a ideia dos parabéns oferecidos, com palmas, a cada aniversário que fazemos. Não é fácil superar os obstáculos que o mundo vai colocando a nossa frente. É preciso força. Coragem. Sorte. Talvez não tenha mesmo outro momento tão merecedor de parabéns.
Espero que sim. Mas há um se aí. E
este “se”, esta indeterminação do futuro, é outra coisa que o
envelhecimento nos obriga a ver mais de perto. Não sempre. Não a toda
hora. Mas em momentos como este. E só penso nisso, na verdade, porque
não fui à festa. Se tivesse ido, estaria pensando apenas na beleza e
alegria de se comemorar os oitenta anos bem vividos de uma irmã.
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