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Capítulo 1 (trecho)
Como Outra Qualquer
"Na grande cidade, ainda que seja belo, o anoitecer nunca é inocente. Luzes se acendem em feixes no céu que assume lento seus tons noturnos; colares de estrelas, não mais no alto, reluzem nos gargalos e pulsos de suas ruas e avenidas.
Há risos, prantos, buzinas, sussurros,
zumbidos, motores e ranger de dentes em algum lugar. Há delírios, rupturas e desejos. Conversa e pranto, conversa e gargalhadas. Há frases truncadas e mortais.
Mas há silêncio na sala onde Lúcio está."
Pauliceia de Mil Dentes
no 469. aniversário da Cidade de São Paulo
por Maria José Silveira
Escrevi “Paulicéia de mil dentes” a partir do meu amor pela megalópole onde escolhi morar. O fio condutor da história que escrevo é a própria cidade e dois de seus protagonistas típicos: um motoboy e sua namorada, sansei.
Sobre o romance, Ítalo Moriconi disse, na orelha: “Maria José constrói uma visão caleidoscópica da cidade. São Paulo caleidoscópica, estroboscópica, rizomática, nervosamente arlequinal. Colcha de retalhos de sonhos nunca completados, mas também de realizações e vitórias.”
Quem o editou foi Jiro Takahasi, quando estava na Prumo, selo criado
para ser o braço da Rocco em São Paulo, mas que não teve vida longa. A
Rocco logo o fechou, Jiro saiu e os livros da Prumo rumaram para o
depósito da Rocco, no Rio.
É muito ruim quando isso acontece, o livro perder o editor que apostou nele. Fica esquecido, perdido em alguma caixa empoeirada. Quisera eu que um dia ele fosse redescoberto.
Por isso, desde então, todo dia 25 de janeiro,
falo dele. Com alguma esperança de que esse “romance multidão” chegue a
mais leitores e faça uma trajetória mais condizente com a cidade sobre a
qual ele fala com amor.
Atualmente ele pode ser encontrado na Amazon ou
por Internet.
Esta é a capa do romance:
Realmente, o romance merece uma segunda vida com nova edição, Maria Jose Silveira !
Vou comprar pela Amazon
Acabei de comprar o e-book, Maria Jose. Obrigado! Não sabia que havia edição digital.
O meu exemplar não cria poeira na estante, tem sempre alguém na fila pra emprestar...
Isabel Fomm de Vasconcellos Babi Borghese E a autora não recebe os direitos autorais... Não empreste. Indique.
Babi Borghese Isabel Fomm de Vasconcellos concordo q seria melhor, mas não dá pra comprar todos os livros que queremos ler. Eu empresto na mesma medida q pego emprestado. Não há outro jeito.
Isabel Fomm de Vasconcellos Babi Borghese Sim, querida. Eu compreendo. É melhor ler emprestado do que não ler! Mas, sempre que possível, é legal comprar para prestigiar o autor. Nosso mercado editorial é simplesmente cruel com os autores, entende? Poucos são os brasileiros que cocompram livros. E pequeno é o ganho do autor sobre o preço de capa, 8%, às vezes menos até. Um abraço pra vc!…
Babi Borghese Isabel Fomm de Vasconcellos eu sei, também tenho livro publicado.
Isabel Fomm de Vasconcellos Babi Borghese Ah, que blz! Coloque aqui! Eu tb tenho. 21 livros, já. Mas a Zezé é maior que eu! Ela é uma escritora maravilhosa!
Babi Borghese Isabel Fomm de Vasconcellos verdade, nem em sonho eu chegaria aos seus pés! Meu primeiro (espero que de muitos) se chama Em nome do papa, saiu pela Chiado.
Isabel Fomm de Vasconcellos
Babi Borghese Nossa, que bom, a Chiado é uma ótima editora. Vou ler.
Recomendo, recomendo, recomendo, recomendo.
Gostei muito.
Comprei 
Vou comprar 
Comprado!