Meu rei
Se és o meu príncipe não sei
Nem se sou bela adormecida
Tocas com acordes de um rei
Esta minh’alma enternecida
Encantada vivo em teu reino
Mil e uma noites de fantasias
Sussurro o teu nome e teimo
Em cantar só as tuas melodias
És o mais belo dos continentes
Acalentar ilha dos sonhos meus
Entre Fadas, gnomos e duendes
Bailam na luz dos olhos seus
A sinfonia qu'ecoa alegremente
Noturno dos dias que são teus
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Moleque Travesso
Quisera
entender teu crime moleque...
Qual culpa que carregas em teus dias
O fardo de juvenil alma sem breque?
Liberdade: Dom maior de vidas sadias
Não há duras penas para quem ama
Exceto escrever mil versos e poesias
Encontrar tua rima certa que clama
Brincar com palavras cheias e vazias
Oh meu menino! A dor te ensinou a voar
Águia percorre toda ilha e o continente
Teu pensamento te libertou para o mar
Fugitivo de ti mesmo, chama reticente
Condenas tuas estratégias ao sonhar
Que o coração vive, sente e não mente
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Ladainha
Ora não
consigo mais apagar
A imagem tua ajoelhado
Um menino sentido a clamar
Triste, calado e algemado
Não eram rezas, nem ladainhas
Era repertório quantitativo
Somavas ás contas que tinhas
O erro do amor qualitativo
Oh! Meu Pai,
porquê
me abandonastes?
Compassivo, tolerante responde:
Filho, este é o fruto do que plantastes
O amor
dos olhos não se esconde
D'alma a Luz que silenciastes
Levanta-te, refaz! Faz por onde...
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