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(Conrad Soest, século XIV)

 

 

 

 

 

 

 

Homenagem de Natal ao Menino Rei

três poemas de Vera Krausz
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Meu rei

Se és o meu príncipe não sei
Nem se sou bela adormecida
Tocas com acordes de um rei
Esta minh’alma enternecida

Encantada vivo em teu reino
Mil e uma noites de fantasias
Sussurro o teu nome e teimo
Em cantar só as tuas melodias

És o mais belo dos continentes
Acalentar ilha dos sonhos meus
Entre Fadas, gnomos e duendes

Bailam na luz dos olhos seus
A sinfonia qu'ecoa alegremente
Noturno dos dias que são teus
 

 

Moleque Travesso
 

Quisera entender teu crime moleque...
Qual culpa que carregas em teus dias
O fardo de juvenil alma sem breque?
Liberdade: Dom maior de vidas sadias

Não há duras penas para quem ama
Exceto escrever mil versos e poesias
Encontrar tua rima certa que clama
Brincar com palavras cheias e vazias

Oh meu menino! A dor te ensinou a voar
Águia percorre toda ilha e o continente
Teu pensamento te libertou para o mar

Fugitivo de ti mesmo, chama reticente
Condenas tuas estratégias ao sonhar
Que o coração vive, sente e não mente
 

 

Ladainha
 

Ora não consigo mais apagar
A imagem tua ajoelhado
Um menino sentido a clamar
Triste, calado e algemado


Não eram rezas, nem ladainhas
Era repertório quantitativo
Somavas ás contas que tinhas
O erro do amor qualitativo


Oh! Meu Pai,

porquê me abandonastes?
 

Compassivo, tolerante responde:
Filho, este é o fruto do que plantastes
 

O amor dos olhos não se esconde
D'alma a Luz que silenciastes
Levanta-te, refaz! Faz por onde...