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Atividade Física: Faça, mas faça o certo. por Dr. Nabil Ghorayeb |
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“Ao analisar um teste ergométrico, por exemplo, o cardiologista do esporte é capaz de identificar nuances importantes para o praticante de atividade física que talvez outro médico não valorizasse”. |
Andre Lhote, Futebol
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Os médicos de todas as especialidades são unânimes em recomendar a seus pacientes a atividade física regular. Ela faz bem para o coração, para os ossos, auxilia os diabéticos e os obesos, ajuda a ter um corpo saudável e é benéfica também para o cérebro, pois incrementa a produção dos neurotransmissores da alegria, e para a autoestima.
Só que, como tudo na vida, sem exageros. A recomendação é a atividade física moderada. Moderada não é sinônimo de pouca. Bem, então como saber qual é a frequência certa para você? E que tipo de atividade praticar? Correr? Nadar? É a bike? A musculação? Um esporte? Futebol? Tênis? Basquete? Vôlei?
Três coisas se mostram muito perigosas para os praticantes de atividade física amadores e até mesmo para os atletas: o exagero na prática, o uso de substâncias, como anabolizantes e energéticos não legalizados, e o chamado “esporte de fim de semana”. |
Exageros podem levar a lesões articulares, problemas cardíacos e muito mais. Ou seja: atividade física sem controle e praticada à exaustão causará inevitavelmente muitos problemas médicos, será produtora de doenças e não de saúde. O mesmo se pode dizer o esporte “de fim de semana”.
Antes de começar uma atividade física é preciso submeter-se a uma avaliação médica. E essa avaliação será ainda mais eficaz se for feita por um Médico do Esporte. Ele vai orientar na escolha da atividade mais adequada, na frequência em que deve ser feita, nos hábitos alimentares, na correção de fatores de risco, tornando assim o exercício um fator gerador de saúde e não de doença.
Frequentar um médico do esporte não significa, no entanto, deixar de lado o seu cardiologista ou endocrinologista ou mesmo o clínico ou geriatra. O médico do esporte não substitui, ele acrescenta. Sua formação pode se dar por residência na área da especialidade e/ou, também no caso de médicos de outras especialidades, por pós graduação.
Como chefe do departamento de cardiologia do esporte do Instituto Dante Pazzanese, de São Paulo, considero de extrema importância o praticante de atividade física procurar esse profissional diferenciado. “Ao analisar um teste ergométrico, por exemplo, o cardiologista do esporte é capaz de identificar nuances importantes para o praticante de atividade física que talvez outro médico não valorizasse”.
Por isso, com o médico do esporte, você faz a coisa certa. |