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Coração de Mulher por Prof.Dr. Nabil Ghorayeb |
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A PRIMEIRA BRASILEIRA NAS OLIMPÍADAS
Ela foi a primeira mulher sul americana a participar das Olimpíadas. Isso aconteceu nos Jogos de Los Angeles, em 1932. Mulheres só haviam sido admitidas nas competições olímpicas em 1912, e justamente na modalidade de Maria, a natação.
Maria Emma Hulga Lenk Zigler nasceu em São Paulo em 15 de janeiro de 1915, seus pais, alemães, haviam chegado ao Brasil apenas 3 anos antes do nascimento dela.
Em 1931, com apenas 16 anos de idade, Maria participou da primeira
competição feminina interestadual entre atletas cariocas e paulistas, no
Rio de Janeiro e venceu. Em 10 de abril de 1932 aconteceu então o
primeiro campeonato paulista de natação e neste mesmo ano Maria Lenk foi
representar o Brasil nas Olimpíadas.
Defendeu sempre a liberação de todos os esportes para o sexo feminino, o
que só aconteceu em 1975, quando ela já tinha 60 anos de idade.
No ano de 2000 iniciou as pesquisas para o livro que publicaria em 2003:
Longevidade e Esporte, coisa que ela entendia bem, pois até seus últimos
dias de vida nadava 1500 metros por dia. |
As evidências científicas atuais mostram que também para a mulher existe uma relação importante entre a prática de atividade física, como corrida regular três a quatro vezes por semana, e uma diminuição do risco de doenças cardiovasculares e de câncer.
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Desde o tempo dos antigos gregos e romanos, as mulheres foram mais admiradas por sua beleza do que pelas habilidades desportivas.
Apenas em 1912 ocorreu a primeira manifestação da mulher em Olimpíadas. Em 1928 ,onze atletas participaram de prova de 800m e só em 1969 participaram de uma maratona, a de Boston.
As diferenças biológicas entre as mulheres e os homens são conhecidas e algumas curiosas.
O coração da mulher é menor, sendo assim ejeta menos volume de sangue por minuto, por isso a pulsação tende a ser maior do que nos homens.
A mulher, por exemplo, tem 10% a mais de gordura corporal e entre 20 a 40% menos massa magra e menor força que dos homens.
Assim, os minutos dos recordes mundiais femininos nas corridas são maiores que os dos homens, dificilmente os igualarão. O mesmo ocorre em relação à capacidade pulmonar e ao crescimento fisiológico do chamado coração de atleta, muito maior no homem do que na mulher atleta, das mesmas modalidades.
Na doença, a manifestação de um problema cardiovascular na mulher é mais grave do que no homem, sabe-se que até o inicio da menopausa pelos 50 anos há predomínio dessas doenças no homem e depois as mulheres os superam.
Elas têm sintomas atípicos de doença cardíaca, além de diferente dos que aparecem nos homens o que pode confundir o diagnóstico exato de um quadro agudo como o infarto do miocárdio da mulher, pelos médicos. A anatomia das artérias coronárias que nutrem o coração, na mulher é de estrutura menor e mais fina, o que nas obstruções por placas de gordura, resultam em pior prognóstico. O incrível é que as estatísticas americanas indicam que as 38% das mulheres morrem por doenças cardiovasculares e 22% de câncer. Em jovens hospitalizados por infarto, o risco de morte é maior nas mulheres. |