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A Importância do Atendimento Pediátrico por Dr. Marcello Pedreira |
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Vacinas obrigatórias após o parto, orientar a mãe para o fato de que o aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês, sob pena de o bebê acabar por rejeitar o peito, orientação sobre a maneira adequada de higienizar o bebê, sobre a alimentação adequada após o desmame...
Esses são apenas alguns dos itens negligenciados em muitos locais onde não existe atendimento pediátrico. E, mesmo onde existe, se a porta de entrada da criança na saúde se dá sempre pelo pronto atendimento, esse pediatra muito provavelmente verá aquela criança apenas naquele momento.
A impessoalidade cada vez maior entre pacientes e médicos tem mais efeitos deletérios nas crianças do que nos adultos, embora tenha em ambos.
É claro que a Medicina é uma ciência, é claro que a sua prática é baseada em protocolos que resultaram de pesquisa e evidência científica. Porém, se fosse apenas isso, poderíamos ter programas de computador atendendo as pessoas, fazendo diagnósticos e prescrevendo tratamentos e medicamentos. Mas a Medicina é mais que isso. Cada vez mais se compreende que cada indivíduo é único, com história única em seu desenvolvimento e na sua saúde. Cada vez mais os médicos falam em tratamentos individualizados, adaptados à realidade e à condição de cada paciente.
Agora imagine a importância desse conhecimento quando o paciente é uma criança, um ser em desenvolvimento, com suas características próprias, em seu ambiente único, com condições particulares.
A saúde está apoiada num tripé: o físico, o social e o psíquico. Só uma boa relação médico-paciente pode levar isso em conta na hora de compreender como deve tratar este ou aquele indivíduo.
Por isso, para a boa saúde e o bom desenvolvimento da criança, esta deve ser acompanhada por um médico pediatra, desde o nascimento até a puberdade.
Para quem tem o privilégio da escolha de seus médicos, é normal entregar os filhos à atenção de um mesmo pediatra e estabelecer-se assim essa relação sadia entre a família, o médico e a criança. Mas, infelizmente, essa não é a realidade da maioria do nosso povo.
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N.Rockwell, 1929 |