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Terrorismo, TV e Nostalgia |
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(Nam June Paik, 1990, Vênus)
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Este mundo está ficando cada vez mais quadrado e chato. |
"Se o Governo quer elevar o nível cultural da TV brasileira, por
que dar uma concessão a um cidadão que mediante a resposta de um
candidato que, em seu programa, respondeu “Rússia” a uma pergunta
qualquer que lhe tinha sido feita, o dito SS. disse: “Está errado, a
minha ficha diz URSS”... E a segunda tirada no finalzinho do editorial,
textualmente: "Cada governo tem o Silvio Santos que merece". E
mais uma vez digo: Vivam os Mesquitas!. A
segunda genial é a que corre por aqui: “O Petróleo é nosso, a Petrobrás
é que não é.”!".
Descobri que sob muitos aspectos as tais chanchadas eram bem melhores
que os super musicais da Metro da mesma época. Aos segundos sobrava
apenas o que faltavam aos primeiros: dólares! E o brasileiro nunca deu
muito valor ao que é seu. Nesta
onda de nostalgia tem me vindo a memória o Jardim da Aclimação, o vovô,
a bala de goma, a segunda guerra mundial, e para completar a minha
Variant, novinha, às vezes me lembra o velho Renault dos anos 1950, que
quando eu apertava a buzina mudava de emissora o rádio, e quando eu
passava da segunda para a terceira esguichava água no para-brisa.
Salvador, 28 de Outubro de 1975. |