De Mãe para Filha

por Dra. Albertina Duarte, do livro "O Prazer de Ser Mulher"

Quase todos os dias ouço, em meu consultório, mães me perguntando: “O que faço com minha filha adolescente está tão nervosa, não ouve o que eu falo?!”

 

Amigas, já fomos adolescentes um dia. Sabemos que é difícil: mudanças no corpo, no afeto, na relação com os pais, com os colegas. Não vamos esquecer que tanta mudança gera instabilidade no comportamento. É assim mesmo. Num momento sua filha está sorrindo, daqui a pouco não quer conversar com ninguém.

 

Se você quer se relacionar bem com a adolescente, do tipo: “No meu tempo não era assim”. Ou: “Faça isso ou aquilo, porque só quero seu bem”. Não vai adiantar, fique certa. Meu conselho é que você, ao contrário, fale sobre os momentos que enfrentou quando passava pela “idade crítica”. Diga-lhe o que sentia e o que fez para mudar. Conquiste a confiança da jovem, ditar normas e lições de vida encerra qualquer diálogo com o adolescente. Eles se fecham.

 

Procure começar a conversa dizendo: “Eu amo você, quero saber por que está sofrendo”. Assim, você demonstra ter consciência de que os problemas de sua filha têm significado e são importantes.

 

Na questão da sexualidade, conte o que sabe, sem falar de suas experiências. Traga-lhe livros que a informem corretamente. Leia com ela.

 

Uma grande dica: jamais comente com outras pessoas o que sua filha lhe contar em segredo. Não a exponha. O grande diálogo deve ser fundamentado em muito amor e tranquilidade. Tente!

 

 

 

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