voltar para a página-site de textos da Isabel - voltar para a página-inicial do Portal S&L |
|
(Simone Martini, sec. XIII, Santa Clara)
|
Clara,
A Padroeira da Televisão
|
Em 14 de fevereiro de 1958, o papa
Pio XII a transformou na santa padroeira da televisão, já que, um ano
antes de morrer, ela, impossibilitada de sair do leito, teve a visão de
tudo o que estava acontecendo numa missa celebrada em seu convento e
narrou as imagens, com precisão, para as Clarissas, suas discípulas.
Nascida em berço de ouro, a menina
Clara deixou para trás todas as riquezas para ir viver literalmente numa
pobreza franciscana, unindo-se ao grupo de São Francisco de Assis.
Em sua busca de um maior sentido
para a vida, renunciou até aos seus longos cabelos louros, que foram
cortados pelo próprio Francisco. Caetano Veloso fez uma música para ela. Diz “Santa Clara, clareai”.
Clara Santa, clareai as mentes e os corações dos que fazem a televisão brasileira. |
Ela nasceu Chiara d’Offreducci. Sua mãe, Hortolona teve uma gravidez muito complicada. Passou mal, quase perdeu o bebê, mas pediu aos céus que lhe fosse dada a graça de conceber aquele filho, que, ela sabia, com aquela intuição que só foi concedida ao sexo feminino, seria alguém muito especial e que faria diferença no mundo.
Perguntava-se também, frequentemente, sobre os muitos mistérios da vida. O que, afinal, estariam os seres humanos, as flores, os bichos e as plantas a fazer sobre a face da terra? Que mistério era aquele de, de repente, nascer e ter consciência (teriam as árvores e os bichos, consciência também?) e, também de repente, morrer? Morrer e acabar? Ou haveria alguma espécie de vida depois da morte?
Ela compreendera que aquilo que acontece a um ser humano afeta a todos, que somos um grande corpo, que estamos indissoluvelmente unidos e interdependentes.
Houve aquele dia em que as irmãs se sua congregação saíram, como sempre, às ruas para pedir donativos para os pobres que iam ao mosteiro. Voltaram desanimadas, porque quase nada haviam conseguido arrecadar. Vendo o desânimo delas, Clara apenas disse: “Confiem em Deus”. Quando as moças voltaram para pegar a sacola onde estavam os poucos donativos que receberam, viram que já não a podiam carregar. Tudo o que estava lá dentro tinha se multiplicado.
Por isso, Clara tornou-se, em 1958,
a padroeira da televisão. Clara nasceu em 11 de julho de 1193 e morreu em 11 de agosto de 1253. |